Meu dia em Nápoles

Informações Práticas:

Hospedagem: Maison Vaticana – Via Ottaviano, 42 | 00192, Roma. No post Minhas hospedagens na Itália, comentei sobre todos os hotéis que fiquei no país, com informações e dicas.

Quanto gastei no dia? 85,80 Euros (32,50 Euros com a diária do Hotel – diária de 65 Euros, dividida por dois viajantes; 3,80 Euros com a passagem Sorrento/Nápoles; 22 Euros com a passagem de trem Nápoles/Roma; 27,50 Euros com as atrações turísticas; 15 Euros na cidade, com refeições, lembranças, etc)

Nota turística (de 0 a 10): 7… Não gostei muito de Nápoles!

Para saber sobre a cidade, veja o post: Informações e atrações de Nápoles

Roteiro do dia: Clique AQUI para ver o mapa no Google do meu roteiro do dia!

Ao visitar Nápoles, iniciou-se o que eu chamo de “processo de despedida”. Depois de vinte e cinco dias na Itália, era impossível não sentir um pouco de tristeza. Em compensação, a saudade da minha casa, mãe, do meu cachorro, etc, era imensa. Viajar por muito tempo é muito bom, principalmente por fazer você aumentar o valor pelas coisas e pessoas que estão em sua vida.

Rapidamente, fechei o hotel e fui para a estação de trem. Destino de hoje: Nápoles, a famosa cidade com a reputação de ser uma das mais perigosas – e sujas – da Europa, devido ao seu alto índice de pobreza e criminalidade. Vários sites, blogs, guias de turismo, etc, apontas essas características. E lá fui eu tirar minhas próprias conclusões sobre a cidade…

Na estação, procurei o bagageiro para deixar as malas. A estação é muito organizada, limpa e com excelente sinalização. Após, peguei o metrô em direção ao Museo Archeologio Nazionale. Ao colocar o pé para fora da estação, um espanto: o barulho era infernal, camelôs por toda parte, uma quantidade de lixo assombrosa pelas ruas… Sim, eu estava em Nápoles!

Ao entrar no metrô, ocorreu uma situação engraçada: todas as pessoas no interior do vagão estavam conversando e, quando entrei, todas pararam e começaram a olhar diretamente para mim. Juro que eu não estou exagerando! Uma situação desconfortável e bizarra, mas fingi que não estava acontecendo nada e fiquei olhando pela janela.

Descendo do metrô, um casal de alemães me pediu informações. Também estavam procurando o museu e, completamente perdidos, pediram se poderiam me acompanhar. Não foi difícil de encontrar o museu. Uma construção imponente que se destaca de todo o restante da arquitetura. Para minha sorte, o local estava completamente vazio.

O Museu arqueológico Nacional guarda uma extensa e preciosa coleção. O seu edifício histórico foi inaugurado em 1615 e já foi sede da Universidade de Nápoles. Em 1777, o rei Fernando IV transferiu a universidade e o prédio foi adaptado para abrigar o Museu Bourbon e a Biblioteca Real. Com diversas doações, o Museu ampliou o seu acervo, principalmente devido aos achados arqueológicos de Pompéia e Herculado. Na coleção, você encontrará peças fascinantes das duas cidades históricas, como o famoso mosaico A Batalha de Alexandre da Casa dos Faunos de Pompéia. Na Sala Secreta encontram-se as obras eróticas das cidades. Se você se decepcionar com Pompéia por não possuir obras suficientes, no museu você vai se encantar!

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O Museu Arqueológico Nacional

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Os belíssimos mosaicos

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Mosaicos provenientes das cidades destruídas pelo Vesúvio

Para conhecer um pouco mais a cidade – e também porque eu estava com fome – saí do museu e fui em direção à famosa Pizzaria da Michele, que ganhou fama mundial após Julia Roberts se deliciar com as saborosas pizzas no filme Comer, Rezar e Amar. Segui pela Via Duomo até a Via dei Tribunal. Virei à direita no Vicolo della Pace até a Corso Umberto I. Não se preocupe… se você se perder, é só perguntar. Todo mundo conhece a pizzaria. No caminho, encontrei o Duomo – Igreja – da cidade.

As ruas típicas de Nápoles

As ruas típicas de Nápoles

Ao avistar uma fila de turistas, tive a certeza que acertei o caminho. O local estava cheio, mas foi rápido para conseguir uma mesa. Após experimentar, afirmo com toda a convicção: a visita à Nápoles valeu cada segundo somente por aquela pizza! A melhor que eu comi na Itália! Há, somente, dois sabores: margherita e marinara, com opção de mozzarella dupla e tamanhos normal e média.

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A maravilhosa e deliciosa pizza da Michele

Depois do almoço, subi pela Corso Humberto I e percebi que a cidade muda completamente. Lembra São Paulo, com um trânsito muito pior. Sinceramente, eu não consigo entender como eles aguentam o trânsito daquela forma, com buzinas e gritos que não param nem por um segundo. Para atravessar a rua? Faça como os habitantes locais: atravesse, colocando a mão para os carros pararem, senão… esqueça! Você vai continuar esperando eternamente que eles parem para você atravessar.

Seguindo o roteiro, cheguei a Galleria Umberto I, muito parecida com a Galleria Vittorio Emanuele, de Milão. Igualmente bela e sofisticada, foi construída em 1737 para Carlos de Bourbon e está localizada em frente a maior ópera da Itália: o Teatro San Carlo.

Galleria Umberto I

Galleria Umberto I

Próximo à galeria está o Castel Nuovo, a grande fortaleza e um dos símbolos de Nápoles que foi construído em 1279 por Carlos de Anjou e finalizada em 1282. Atualmente, há um museu no interior do castelo, mas como eu gostaria de caminhar mais pela cidade, não consegui visitá-lo.

Castel Nuovo

Castel Nuovo

Com o roteiro finalizado, segui para a estação para voltar para Roma. Sinceramente, de todas as cidades da Itália que estavam no meu roteiro, Nápoles foi a que eu menos gostei, juntamente com Murano, em Veneza. A pizza da Pizzaria da Michele foi a melhor recordação da cidade, mas o custo/benefício não foi suficiente. Fiquei muito feliz por ficar na cidade apenas um dia e não me hospedar e, quando entrei no trem e não escutei mais o caos do trânsito, a felicidade aumentou…

Cheguei no hotel e deixei todas as malas preparadas. Meu voo para o Brasil era no dia seguinte, muito cedo. Deitei com a sensação de dever cumprido! Minha viagem foi esplêndida, sem nenhum problema, somente felicidades e belíssimas recordações… o que ninguém nunca poderá me tirar!

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